Eu sou da geração que sucede "Além de mim". Daqueles velhos fãs que acompanharam a evolução de Diálogo? até o Norte. Que ultrapassaram 62 mil horas até aqui, dos loucos de coração que gastaram suas míseras mesadas em revistas e/ou pôsters para tê-los sempre como recordação. E que recordação. Eu tinha 13 anos quando essa loucura começou, quando eu prometi fidelidade à ele, e aqui estou. Me ponho a pensar que logo ao nascer, Deus assoprou em meu coração que eu teria um amor infinito, que um dia descobriria qual seria ele. Demorou anos até que eu descobrisse e fosse revelado e soube que se tratava de você, que se tratava de amar você por toda uma vida e talvez nas outras que possam vir, se assim existi-las.
Temi por muito tempo que os anos apagassem o que eu sinto por você do meu coração e que apagasse de uma vez minhas melhores lembranças ao seu lado. Foram pouco mais que 08 reencontros, mais de 10 lugares diferentes que estive apenas para estar ao seu alcance ou o mais próximo possível de onde você estivesse. Aquele medo bobo de "Ai meu Deus será que ele lembra de mim?" a-c-a-b-o-u. Eu não sou mais aquele fã desconhecido que lutava insistentemente pra ser notado por você. Eu lutei pra ser o fã que seria lembrado como "aquele é o Vinnie, do O Diário de um Fã". Sei que muitos não compreendem e talvez nunca vão entender. Não sou melhor do que ninguém e nunca vou ser, longe de mim. Mas hoje, são 10 anos sendo leal ao que o meu coração mais acredita: no amor verdadeiro de um fã por um ídolo.
Lembro do primeiro editorial que eu fiz como presente à ele, demorei uns 05 ou 06 meses, logo em seguida, veio o próximo que gastei menos de 02 semanas para finalizá-lo. 01 ano depois, selecionei as minhas melhores histórias para registrar em um livro. Ao todo foram 190 páginas e ainda me pergunto: Até onde eu iria por um sonho? O mais longe que ninguém tenha ido até hoje. Fui capaz das maiores loucuras que um fã se submeteria pra provar o amor ao seu ídolo. Há mais loucos do que eu? Não tenham dúvidas, jamais. Mais corajosos do que se submeter a tantas loucuras, seria expô-las ao mundo e isso eu digo com a maior tenacidade que há em mim. E se o que eu fiz não provar o quanto eu amo meu ídolo, com o perdão da palavra, eu não sei o que é amar alguém.
Os vejo em breve. Com amor,
Vinícius Delvalle.
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